Países do G7 entram em acordo para eliminar o carvão até 2035
O Grupo dos Sete (G7) chegou a um acordo para abandonar a energia elétrica produzida a partir do carvão mineral até a primeira metade da década de 2030. Este é um passo importante para o cumprimento do compromisso firmado pela COP28 no final do ano passado. Vale lembrar que a COP28 é a reunião anual de quase 200 países, organizada pelas Nações Unidas, para discutir formas de evitar as alterações climáticas provocadas pelo homem.
Os ministros da energia do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA reuniram-se no mês passado na cidade italiana de Turim e foi decidido pela eliminação progressiva da energia do carvão, de longe o combustível mais poluente e também o mais maléfico à saúde humana. De acordo com a Agência Internacional de Energia, o CO2 emitido pela combustão do carvão foi responsável por 30% do aumento das temperaturas da superfície global desde a época pré-industrial, fazendo com que tal fonte seja a principal responsável pelo aquecimento global.
“Ter os países do G7 reunidos à volta da mesa e enviar um sinal ao mundo de que nós, as economias avançadas do mundo, nos comprometemos a eliminar gradualmente o carvão até ao início da década de 2030, é bastante incrível”, disse Andrew Bowie, ministro britânico para as Energias Nucleares e Renováveis. Por "renováveis" entende-se principalmente as energias solar, eólica e hidrelétrica.
As tentativas anteriores de fornecer um cronograma concreto para a eliminação do carvão falharam, porém alguns avanços haviam sido feitos, merecendo destaque o acordo entre os países do G7 de acabar com os subsídios aos combustíveis fósseis até 2025. Em conjunto, tais potências econômicas foram responsáveis por 21% das emissões globais do setor energético em 2022.
Embora o carvão represente uma proporção muito pequena da matriz energética da França, Itália, Canadá e Reino Unido, a Alemanha, os EUA e o Japão ainda queimam muito o combustível, representando 27%, 19% e 34% de suas respectivas gerações energéticas. Ao redor do mundo os combustíveis fósseis ainda são predominantes - cerca de 70% da produção energética global vem deles. Porém, tal proporção tende a cair devido ao avanço das energias renováveis - especialmente a energia solar que deve ser a principal fonte de produção elétrica em 2031.
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